surto

Mutirão para orientar população sobre a toxoplasmose atendeu 146 pacientes

Camila Gonçalves

Foto: Charles Guerra (Diário)
Prefeito Jorge Pozzobon visitou UBS Ruben Noal, no bairro Tancredo Neves, um dos postos a prestar o serviço neste sábado

Mais de cem pacientes buscaram assistência em seis unidades básicas de saúde de Santa Maria, abertas na manhã deste sábado, para atender pessoas dos grupos considerados de risco em caso de toxoplasmose. O mutirão foi montado pela prefeitura para que a população buscasse orientações e tirasse dúvidas sobre o surto da doença. Também foram fixados pontos de coleta de sangue para a realização de exames. Os pacientes com resultados positivos para a toxoplasmose serão notificados esta semana e encaminhados para tratamento.

Ao todo, 146 pessoas foram atendidas em postos nos bairros Nova Santa Marta, Tancredo Neves, Centro, Passo D'Areia, Salgado Flho e Camobi. O prefeito Jorge Pozzobon e a secretária municipal de saúde Liliane Melo visitaram os locais onde o serviço foi prestado.

LEIA MAIS:

:: Sete das grávidas com toxoplasmose confirmadas pelo Husm estão incluídas no boletim divulgado pela prefeitura::
:: Escolas mantêm bebedouros interditados ::
:: 'Liberei dinheiro para medicamentos, mas preciso de mais informações antes de dizer se é surto', diz Pozzobom :: 
:: Qual a forma correta de ferver e armazenar a água? :: 
:: Primeiros exames da UFSM na água de Santa Maria não encontraram contaminação :: 
:: Husm confirma toxoplasmose em 12 pacientes gestantes :: 
:: Aumenta a busca por água mineral em Santa Maria :: 
:: Coleta que vai detectar ou descartar toxoplasmose na água deve ser feita até segunda-feira::  
:: Médicos confirmam surto de toxoplasmose em Santa Maria ::     
:: População só deve beber água fervida ou filtrada como precaução, orientam as autoridades ::  
:: Infectologista dá dicas para prevenir a toxoplasmose ::  
:: Postos de saúde abrem no sábado para dar orientações à população ::

Na Unidade Básica de Saúde (USB) José Erasmo Crossetti, no Centro, 20 pessoas buscaram atendimento, no início da manhã, segundo a enfermeira responsável, Letícia Mota. A chuva, que começou por volta das 10h30min, fez os atendimentos diminuírem na unidade. A maioria das pessoas eram gestantes. Destas, só uma apresentava sintomas. O médico ginecologista da unidade, Edson Morais, disse que, ao longo desta semana, atendeu um caso de toxoplasmose confirmada por exame. O paciente vinha da rede privada de saúde.

A professora Rejane Oliveira, 32 anos, está grávida de cinco meses e foi até a UBS Ruben Noal, no bairro Tancredo Neves, fazer a consulta por precaução. Apesar de não apresentar sintomas como dor de cabeça e garganta, ela preferiu procurar orientação.

- Foi bom ouvir orientações da médica. Como já fiz o exame dia 4 de abril, ela recomendou fazer de novo em um mês - contou.

Com quase três meses de gestação, a caixa Emanuelly Correa Peres, 22 anos, nem começou o pré-natal, mas soube do perigo da doença para o bebê.

- Tenho consulta marcada para o dia 27. Vi na internet que ia ter o atendimento. Não estou sentindo nada, mas por estar no início da gravidez, achei importante vir. Além disso, a gente tem essa dúvida se precisa ou não ferver água.

Foto: Charles Guerra (Diário)
Pontos de coleta de sangue também foram instalados para a realização de exames

A médica obstetra da UBS, Maria Aparecida Brizola Mayer, explicou que, neste momento de surto, tem orientado os pacientes a ferver água e o leite  -caso seja in natura - e a não ingerir alimentos crus.

- A doença é autolimitada, o que significa que ela tem início meio e fim. Ela não tem um tratamento específico, tanto que 80% da população já é imunocompetente, ou seja, já entrou em contato em algum momento da vida com o toxoplasma gondii e, então, adquiriu imunidade. Nos surtos, a maior forma de contaminação é pela água e por alimentos contaminados, por isso este cuidado - detalhou.

O público considerado de risco que não pôde comparecer ao mutirão deve procurar os postos da rede de atenção básica da cidade.

GRUPOS DE RISCO

A doença pode causar complicações e até a morte de pacientes do grupo de risco: gestantes, pessoas com imunidade baixa e crianças de até dois anos de idade. Nas gestantes, o risco de transmissão para o feto pode causar inflamação cerebral no bebê. As chances de transmissão são maiores nos últimos três meses de gravidez, período em que diminui a gravidade da doença para o recém nascido. 

Em pessoas como imunidade debilitada, como doentes com AIDS, ou aquelas em tratamento quimioterapêutico, há riscos de inflamações no cérebro, pulmão e coração. A doença também pode acarretar cegueira.


Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Campanha de vacinação contra a gripe começa nesta segunda em 29 postos de Santa Maria Anterior

Campanha de vacinação contra a gripe começa nesta segunda em 29 postos de Santa Maria

Próximo

Especialista recomenda que as pessoas não busquem exame sem indicação médica

Saúde